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Polícia baiana já apreendeu quase quatro mil armas de quadrilhas


     As quadrilhas que atuam no estado amargaram um prejuízo de mais de R$ 3,78 milhões em apenas oito meses. Nas operações realizadas entre janeiro e agosto de 2016, as polícias Civil e Militar apreenderam 3.737 armas de fogo em toda a Bahia. Dessas, 1.041 são consideradas armas de grosso calibre: carabinas, espingardas, metralhadoras e até fuzis – os dois últimos, vendidos exclusivamente para forças policiais.

Nesse período, foram retiradas de circulação em todo o estado 949 espingardas, 40 fuzis, 27 carabinas e 25 metralhadoras. No mercado legal, cidadãos com porte de arma encontram carabinas por, em média, R$ 4 mil e espingardas em torno de R$ 3,5 mil, ambos incluindo os impostos. 

Uma fonte ligada à Segurança Pública informou que, para forças policiais, ou seja, sem impostos, uma metralhadora sai por cerca de R$ 4 mil, enquanto um fuzil custa em torno de R$ 6 mil. No mercado clandestino, essas armas valem muito mais do que o preço legal.

Em 2015, as polícias baianas apreenderam 7.568 armas de fogo, contra 7.047 em 2014 e 7.510 em 2013. Foi em 2013 o maior confisco policial de fuzis – 113, contra 62 em 2014 e 92 em 2015. Já em 2015, aconteceu a maior apreensão de metralhadoras: a polícia recolheu 41 armas do tipo, contra 26 em 2014 e 34 em 2013.

A apreensão de armas mostra, de acordo com o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa,  o aumento do poderio bélico das quadrilhas — e não apenas das especializadas em roubo a banco. 

“O que a gente tem nos últimos anos é quase uma padronização das ações do tráfico e o aumento do poderio bélico das quadrilhas por conta da entrada de armas e drogas no país. Armas que só eram encontradas no Rio de Janeiro já começam a ser vistas em todos os estados. Aqui a gente tinha armas de grosso calibre apenas para roubo a banco”, afirma  Barbosa.

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