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Estrutura do atracadouro de Morro de São Paulo está oxidada e ameaça ruir

Um dos três lugares mais procurados por baianos e turistas para passarem a virada do ano está ameaçado. Morro de São Paulo está localizado no Arquipélago de Tinharé e é administrado pela prefeitura de Cairu. O perigo está logo na entrada. Ao descerem dos barcos, passageiros atravessam uma ponte de ferro que sofre os efeitos da corrosão da água do mar.

E o perigo está aí. Morro de São Paulo espera para o Réveillon 2018 mais de 15 mil pessoas com 100% da ocupação hoteleira. Até esta sexta-feira (22) já estavam na cidade 13 mil pessoas com 85% de ocupação, de acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Cairu (Acec). E todos passarão pelo mesmo lugar.

É possível perceber nas fotos, encaminhadas por leitores do BNews, que a estrutura pode ruir a qualquer momento.

Em contato com o BNews, a prefeitura de Cairu informou que a administração do terminal é de total responsabilidade da Agerba, através da empresa Dattoli, que opera os terminais de Valença, Morro de São Paulo, Gamboa e Boipeba. O BNews não conseguiu contato com o órgão e tampouco com a empresa até o fechamento da matéria, desde a sexta-feira (22).

O presidente da Acec, Carlos Sautchuck, rebate. Segundo ele, a responsabilidade é coletiva. “Na verdade, o problema da precariedade da ponte é do conhecimento de todos, tanto da prefeitura de Cairu, como do Governo do Estado. Em inúmeras reuniões, com o ex-secretário de Turismo do Estado, Nelson Pelegrino, como com o atual, José Alves, com o prefeito Fernando Brito e recentemente com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner relatamos o problema e pedimos uma solução. Até hoje só foram feitos reparos paliativos, como pintura e algumas soldas, unicamente com o propósito de encobrir um problema que se agrava diariamente. O problema é muito sério”, afirmou.

E para os moradores da localidade não é diferente. Ao BNews, o presidente da associação de moradores de Morro de São Paulo, Almir Conceição elencou os problemas enfrentados diariamente pela população e alertou para o perigo da ponte cair. “A situação do píer é vergonhosa e traz riscos tanto para os moradores quanto para os turistas. A estrutura da ponte, a parte de cimento está toda rachada, os ferros expostos. Não tem cobertura, não tem um ponto para tomar água, não tem banheiro. Quando chove molha tudo. As pontes de desembarque das embarcações estão com a situação precária. Se juntar dez pessoas a tendência é a ponte cair”, advertiu.

Vale ressaltar que os turistas que chegam a Morro voltaram a pagar a tarifa única de R$ 15 e mais R$ 1 ao saírem da localidade. De acordo com a prefeitura de Cairu “a Tarifa por Uso do Patrimônio do Arquipélago (Tupa) tem o objetivo de assegurar a manutenção, restauração, e preservação do patrimônio histórico, cultural, ambiental e estrutural do conjunto de ilhas, bem como as condições ambientais e ecológicas da APA (Área de Proteção Ambiental) de Tinharé”.

Protestos

Na quarta-feira (20), trabalhadores queimaram pneus em protesto contra aumento da tarifa na travessia entre Morro e Gamboa passando de R$ 2 para R$ 2,50, a partir da segunda-feira (18). Cerca de 400 pessoas estiveram presentes, segundo a Polícia Militar.

A travessia Gamboa-Morro de São Paulo-Valença, cidade do outro lado do mar, tem valor diferenciado: turistas pagam R$ 4 entre Gamboa e Morro e R$ 12 se quiserem ir até Valença, saindo de Morro ou Gamboa.

Bocão News.

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