A Polícia Civil do Rio Grande do Sul,
afirmou nesta segunda-feira (8), que as duas crianças, um menino de 8
anos e uma menina de 12 anos, assassinadas em ritual de satânico foram
embriagadas e mortas a facadas.
Segundo o delegado Moacir Fermino, da 2ª Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo,
que investiga o caso, no sangue de uma das crianças foi encontrada uma
alta dosagem alcoólica: 5,2 mg por litro de sangue. Uma testemunha,
considerada peça-chave pela polícia, relatou que as crianças foram
embriagadas e esfaqueadas nesse ritual. Por causa de sua importância no
caso, a testemunha deve ser incluída em um programa de proteção.
De acordo com a polícia, as informações
dadas por essa testemunha estavam de acordo com o laudo da perícia, que
encontrou ferimentos de armas cortantes nos corpos, além da presença de
álcool.
Os peritos descobriram ainda marcas no
corpo da menina que indicam que ela tentou lutar contra seus agressores.
Mas não está claro se isso ocorreu antes do ritual ou na hora em que
iria ser morta. A polícia trabalha com a hipótese de que as vítimas
estavam desacordadas na hora do assassinato, já que estavam sob efeito
do álcool.
“Temos a capa que ele (o bruxo) usava no
ritual. Temos uma testemunha que conta como foi. Ela disse que o bruxo
falava uma língua estranha. Acreditamos que era aramaico”, afirmou o
delegado Fermino.
Os policiais que investigam o caso
disseram acreditar que as vítimas sejam de nacionalidade argentina. Isso
porque seus perfis não batem com qualquer registro de desaparecimento
de menores de idade no Brasil. Seus DNAs também não foram localizados
nos bancos de dados nacional.
O fato de um dos indiciados ser
argentino fez os policiais estenderem a investigação ao país vizinho.
Eles descobriram que o argentino teria trocado um caminhão roubado pelas
duas crianças na província de Corrientes. Da Argentina, os irmãos
teriam sido trazidos de carro para o Brasil e levados ao templo.
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