Rafael dos Santos Barbosa, 35 anos, sofreu um infarto e
morreu às vésperas de começar um novo trabalho depois de três anos de
desemprego. A família dele, de Campo Limpo Paulista (SP), criou uma
vaquinha online para pagar pelo enterro de Rafael, que morreu no dia do
Natal. As informações do G1.
Maria Aparecida
de Carvalho, 33 anos, viúva de Rafael, foi passar o final de ano com
parentes em Minas Gerais. Ela contou que parou de trabalhar depois que o
filho Arthur, 4 anos, foi diagnosticado com autismo. Ela fica em casa
cuidando dele e da caçula, Isis, de 1 ano. Depois de três anos sem
trabalhar, Rafael finalmente tinha um emprego que ia ajudar a família a
superar as dificuldades financeiras.
"Ele estava entusiasmado com o novo emprego e o novo tratamento que meu filho começaria", conta a mulher.
Segundo
ela, Rafael não tinha nenhum problema conhecido de saúde. Mas no dia do
Natal, ela o encontrou pela manhã já sem vida, depois de dormir na sala
da casa de um parente. "Mantive a calma por causa das crianças.
Enquanto ligavam para o Samu, procurei o pulso dele, mas as extremidades
estavam sem cor e geladas. Abri seus olhos e as pupilas já estavam
dilatadas. Ele morreu dormindo e não houve Natal", diz.
As
despesas para levar o corpo e enterrar ficaram em R$ 5,6 mil. Com uma
vaquinha online, a família conseguiu mais, chegando a R$ 12 mil.
Dificuldades
A
mulher lembra que os últimos anos foram complicados para a família.
Rafael ficou desempregado pouco depois do filho Arthur ser diagnosticado
com autismo. No final de 2017, eles conseguiram um convênio que banca
terapia para o garoto. A dona de casa chegou a montar um brechó para
ajudar em casa.
Mesmo com todas as
dificuldades, Rafael sempre foi um bom pai e marido. "Ele era aquele
super pai, levava o Arthur nas terapias, fazia mercado e nos levava em
passeios", relembra Maria.
Agora, ela pretende
usar o dinheiro a mais para tirar uma carteira de habilitação e poder
levar o filho para as sessões de tratamento. As doações continuam
acontecendo. "O pessoal continua contribuindo! Aconteceu muita coisa com
a gente e por conta da nossa história acredito que as pessoas se sintam
mais comovidas em ajudar. As pessoas estão sendo muito generosas e eu
estou sendo honesta, pois elas sabem que não tínhamos condições de
bancar o funeral e de todas as dificuldades", acredita.
Fonte: Forte na Notícia
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