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Professor é roubado no camarote mais caro do Forró do Lago

O professor Uelder Jesus, 23 anos, dançava com uma amiga quando sentiu roçar no pescoço a barba de outra pessoa e um breve abraço por trás. Pensou ser algum amigo, mas, ao virar, ainda conseguiu avistar a fuga do rapaz. Não era nem de longe um conhecido. Mas um ladrão que se aproximou para furtar seu celular e os óculos de um amigo guardados no bolso. Tudo aconteceu no camarote mais caro da festa privada Forró do Lago, em Santo Antônio de Jesus, neste domingo (24). Apenas pela entrada, Uelder pagou R$ 530 – o primeiro lote da pista custava R$ 160.
Uelder mostra boletim de ocorrência do crime (Foto: Mauro Akin Nassor)
O crime aconteceu às 20h, quando a festa já estava na metade. Simone estava no palco e falava emocionada sobre a irmã, Simaria, afastada dos palcos desde abril para tratar uma tuberculose ganglionar. Ao notar a perda, Uelder correu para encontrar os seguranças particulares do camarote e a organização da festa. O professor pediu que os seguranças bloqueassem a saída do camarote, mas, segundo ele, uma mulher que trabalhava na festa chegou a dizer:
“Não podemos parar o show ou impedir a saída de ninguém por causa disso”.
O segurança até ironizou o furto, conforme Uelder. Ele teria dito: “Por que você guardou o celular aí no bolso?”. A reportagem entrou em contato com a organização do evento, mas não obteve resposta.
Uelder, então, decidiu prestar queixa na 1ª Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus. Lá, encontrou outras 15 pessoas relatando outras ocorrências de furto na festa. Nos dois boletins de ocorrência, compartilhados com o CORREIO, fala-se no furto de um iphone 6 (o de Uelder) e de um Galaxy. Um suspeito de cometer os crimes, Ramon Jesus Carvalho dos Santos foi encontrado e preso sem nenhum pertence.  
A preocupação de Uelder é tentar reaver o celular ou, pelo menos, receber alguma reposta do evento. Ele é natural de Santo Antônio de Jesus e era sua segunda vez na festa de camisa. Foi a primeira vez, inclusive, que o jovem foi furtado na vida. “Não indico a mais ninguém. Nessa festa, eu não coloquei a pochete para guardar as coisas e achei que não tivesse problema nenhum”, desabafou.
O jovem teme, ainda, que o caso não seja resolvido até o dia 4 de agosto, quando deve ir para o Rio de Janeiro para o Simpósio Federal de Química.
“Perdi o números dos alunos particulares que eu tinha. Os contatos de amigos, da organização do evento, perdi tudo. Como vou para o Rio assim? E, no momento, não posso pagar R$ 600”. 
O CORREIO entrou em contato com a Polícia Militar (PM), que diz não ter sido acionada para atender nem a ocorrência de Uelder ou outras da mesma natureza. A Delegacia de Santo Antônio . A Secretaria de Segurança Público (SSP) esclareceu que a responsabilidade pela segurança em festas privadas é dos próprios organizados e afirma não haver balanço de possíveis casos em outros eventos particulares justamente por isso. 

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