O canal de Pedrinho Matador tem 28 mil inscritos e mais de 2,5 milhões de visualizações. A ideia foi de seu amigo, Pablo Silva, 30 anos, que também faz a produção dos vídeos. Entre os assuntos comentados por ele estão crimes como as mortes da cachorrinha do Carrefour de Osasco, do jogador Daniel, e da estudante Rayane Alves.
"São crimes que revoltam a gente, cheios de mentira, acabando com a felicidade de uma pessoa. Essa jovem [Rayane]... Por que o segurança foi fazer aquilo com ela? Ele tem família, mulher linda, filho. O diabo faz a panela, mas esquece de fazer a tampa. Tudo é descoberto. A condenação dele foi uma caneta [encontrada no local onde estava o corpo]", afirma.
Depois de mais de quatro décadas na prisão, Pedrinho se vê também na obrigação de alertar os mais novos sobre os riscos da vida bandida. "O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os galhos [fama e dinheiro], não a raiz [prisão e morte]. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais", fala.
Embora a maioria dos seguidores apoie os conselhos do serial killer, muitos o criticam. Pedrinho, porém, desdenha daqueles que entram em seu canal para atacá-lo. "Esses caras são todos burros para caramba, não param para pensar no que falam. Por onde passei, eles não passam nem que a vaca tussa", diz.
Filme e livro
A vida de Pedrinho Matador está prestes a virar um documentário. O diretor Bruno Santana, da agência Dublês & Atores, tem levado o serial killer aos locais onde cometeu seus crimes e pretende contar fatos ainda desconhecidos. A previsão é de que a história fique pronta até fevereiro.
Segundo Santana, nem sempre Pedrinho foi "matador". "Ele era o Pedrinho da Cartucheira, que era a arma que ele usava", diz. Os mais de cem assassinatos cometidos por Pedrinho não são suficientes para deixar Santana ressabiado durante as gravações. "Ele vem dormir aqui na produtora e fico tranquilo. Deixo as espadas ao lado dele", brinca.
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