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| Foto: assessoria/deputado Robinson Almeida |
Em discurso na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (30), o deputado estadual Robinson Almeida (PT) repudiou o bloqueio de 30% do orçamento da Universidade Federal da Bahia (Ufba), medida anunciada pelo Ministério da Educação.
O ministro Abraham Weintraub avalia que as Universidades Federal de Brasília (UNB), Federal Fluminense, do Rio de Janeiro (UFF) e Federal da Bahia (Ufba) estão promovendo “balbúrdia”. O deputado baiano argumenta, porém, que a UNB (9ª), a UFBA (14ª) e a UFF (16ª) estão entre as melhores instituições do Brasil em desempenho acadêmico no Ranking Universitário da Folha de São Paulo, que avalia 196 universidades.
Robinson Almeida diz que a decisão do governo Bolsonaro, que contingencia R$ 230 milhões das instituições, “viola a autonomia universitária garantida na Constituição Federal”, e diz que “é necessário uma ampla mobilização envolvendo a sociedade e a comunidade acadêmica para defender a Ufba da tentativa de doutrinação, da censura e do autoritarismo” do Ministério da Educação.
“O ministro da educação resolveu cortar o orçamento, porque, segundo ele, as universidades estariam fazendo ‘balbúrdia’. A Universidade é um ambiente acadêmico, plural, de debates de ideias, do conhecimento, portanto, diversa. É crime, por exemplo, a universidade sediar a bienal da União Nacional dos Estudantes? Esse corte de verba é um ataque à autonomia universitária, garantida por nossa Constituição, uma medida autoritária que tenta intimidar para censurar o ambiente acadêmico. E nada disso podemos permitir”, afirmou Robinson.
O corte anunciado pelo MEC atinge as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear despesas com água, luz, limpeza e bolsas de auxílio a estudantes. De acordo com o reitor da UFBA, João Carlos Salles, a medida pode comprometer o funcionamento da instituição.
Fonte: Bahia Ba
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