Cruz das Almas: Café Cultural organizado pelo Samba do Machucador celebra os 90 anos de Dona Santa

Emoção, cultura e muito samba. Assim foi a festa de aniversário dos 90 anos de Maria dos Santos, conhecida pelos amigos por Dona Santa. A festividade, que foi celebrada com um Café Cultural, reuniu amigos e toda a família, além do grupo cultural Samba do Machucador. A comemoração aconteceu na residência de um dos filhos da aniversariante no primeiro domingo (3) do mês de novembro em Cruz das Almas, Bahia.
Logo no início da manhã,   as pessoas que estiveram presentes se agraciaram com o belíssimo acolhimento da da Professora Telma Carvalho que deu início as festividades com a mensagem de boas vindas e  agradecendo pela vida e saúde da aniversariante  e toda família com orações. Logo em seguida, o Café Cultural foi conduzido com cânticos de um lindo Bendito com toques de machucadores , pandeiros  e viola, vivências herdadas pelos nossos ancestrais. Contou também com danças e músicas de Terno de Reis e com samba de roda que foi lembrada pelos filhos a vida  de Maria  dos Santos, mulher guerreira que encanta a todos. Dona Santinha como é chamada , também  e muito orgulhosa por ser reconhecida com uma
"Mae de Criação"  com  extenso  amor e devoção as crianças, conta uma  historia de ter 11 filhos, chamada de Vó por 21 netos , 9 bisnetos, estando às vésperas da chegada demais um netinho.
 A escolha do Samba do Machucador para organizar o evento poético,  revela o interesse da sua filha Márcia em valorizar as tradições culturais ligadas às populações negras do Recôncavo Baiano, tais como o Samba de Roda, o Reis Roubados, Rezas Manifestações preservadas  pelo Coletivo  Cultural nas  tantas  formas de aliar o sagrado e o profano.
O encontro foi emocionante! Lembrou as tradições trazidas das antigas roças; ternos de Reis, rodas de samba e o tradicional café agrícola (que faz parte da culinária da região). De acordo com Márcia Workman, uma das filhas de Dona Santa o evento também foi uma homenagem a diversidade cultural e reafirmação das raízes de Dona Santa. “Os netos sempre retornam à cidade buscando as origens das festas juninas, mas sem um diálogo mais profundo sobre a cultura destas mulheres que faziam as festas e nossa história fica fragmentada” enfatizou.
Ainda de acordo com Márcia, a infância em Cruz das Almas foi repleta de tradições que marcaram o sincronismo entre a cultura afro local e a influência europeia na região do Recôncavo. “Ela acompanhava os Ternos de Reis, e as cantigas de São Benedito e São Raimundo, uma tradição que dura desde 1929. Algumas mulheres humildes se reuniam,  faziam versos, cantigas e adorações aos padroeiros e entes queridos.
Para maiores informações sobre o Café Cultural, samba tradicional  da cidade e para apoiar os eventos culturais da região, entre em contato com o Samba do Machucador e Presépios e Ternos de Reis através dos perfis virtuais do Facebook https://www.facebook.com/sambadomachucadordecruzdasalmas/
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