Rio de Janeiro – O homem acusado pelo irmão de ter participado da ocultação dos corpos dos meninos Lucas
Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, desaparecidos há
sete meses em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, admitiu à polícia que jogou
sacos em um rio a mando de traficantes, sem saber o que havia dentro.
A informação é
do Jornal Extra. O homem prestou depoimento nesta quinta-feira
(28/7) na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O delegado
Uriel Alcântara, titular da especializada, pediu a prisão do suspeito, mas a
Justiça negou a solicitação.
Com isso, o
homem segue em liberdade. O irmão dele procurou o 39º BPM (Belford Roxo) para
denunciar que o acusado teria envolvimento no transporte dos corpos para a
Estrada Manoel de Sá, em Belford Roxo. Eles teriam sido jogados na localidade
conhecida como Ponte de Ferro 38, no bairro Amapá.
Tortura
Na denúncia, o
homem também relatou que as crianças foram espancadas e mortas por ordem do
traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o “Piranha”. Ele é apontado como um
dos chefes do tráfico de drogas na comunidade Castelar.
Além disso,
“Piranha” foi um dos 10 denunciados pelo
Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)
pelo crime de tortura por causa do espancamento de um homem acusado
injustamente de envolvimento no desaparecimento das crianças, em janeiro deste
ano.
A DHBF informou que as investigações continuam e buscas serão realizadas na possível área onde os corpos das crianças teriam sido jogados.
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