O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado nesta madrugada em sua casa em Porto Príncipe, em um "ato hediondo, desumano e bárbaro", disse o primeiro-ministro interino Claude Joseph em um comunicado nesta quarta-feira (7).
Um grupo de indivíduos não identificados atacou a residência particular do presidente haitiano por volta da 1h e o matou a tiros. A primeira-dama Martine Moïse ficou ferida e está recebendo cuidados médicos, disse Joseph no comunicado.
“A segurança no país está sob controle da Polícia Nacional do Haiti e das Forças Armadas do Haiti. Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação”, acrescentou o comunicado.
O ataque ocorreu em meio a uma onda crescente de violência politicamente ligada ao empobrecimento do país caribenho. Com o Haiti politicamente dividido e enfrentando uma crescente crise humanitária e de escassez de alimentos, há temores de uma desordem generalizada.
"Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do estado e proteger a nação", disse Joseph.
Escalada da violência
Tiros foram ouvidos em toda a capital. Porto Príncipe vinha sofrendo um aumento na violência enquanto gangues lutavam entre si e a polícia pelo controle das ruas.
Moïse, que tinha 53 anos e era um ex-exportador de banana, vinha enfrentando fortes protestos desde que assumiu a presidência em 2017, com a oposição acusando-o este ano de tentar instalar uma ditadura ao prolongar seu mandato e tornar-se mais autoritário - acusações que ele negou.
Moïse afirmara que seu mandato de cinco anos deveria terminar em 2022 - uma postura apoiada pelos Estados Unidos, Nações Unidas e Organização dos Estados Americanos.
A oposição argumentou que ele deveria ter renunciado no dia 7 de fevereiro deste ano, citando uma disposição constitucional que inicia o cronograma depois que um presidente é eleito, em vez de quando ele assume o cargo.
*Com informações da Reuters.
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