Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, Geddel atuou para constranger o operador financeiro Lúcio Funaro, que negocia acordo de delação premiada com o MPF, a não colaborar com as investigações.
Funaro está preso há mais de um ano. Ele é considerado a mais importante testemunha em processos que envolvem Eduardo Cunha e ex-ministros do governo do Presidente da República Michel Temer (PMDB), como Henrique Eduardo Alves e o próprio Geddel Vieira Lima.
Os procuradores pedem que Geddel seja condenado por embaraçar investigação sobre organização criminosa, crime com pena de três a oito anos de prisão, mais multa.
Em prisão domiciliar desde o dia 12 de julho, quando a Segunda Instância da Justiça Federal em Brasília o liberou da prisão preventiva no Complexo da Penitenciária da Papuda (DF), o ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de obstrução de justiça.
De acordo com o órgão federal, o político estaria tentando atrapalhar operações realizadas pela Polícia Federal (PF), que investigam relações pouco republicanas entre políticos como o próprio Geddel e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o doleiro Lúcio Funaro, frigoríficos como a JBS e o banco público Caixa.
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