A nossa equipe de reportagem esteve ontem (28) no gabinete do
promotor de justiça, Dr. José Reis Neto para conversar a respeito da Guerra de Espadas na cidade de Cruz das
Almas. Apesar da proibição por lei essa manifestação, parte da população
insiste na queima desse artefato em vários cantos da cidade.
Procuramos saber do promotor como ocorreu essa ação dos
policiais para o cumprimento da lei na cidade. Para ele é importante a
compreensão da população em relação ao trabalho da polícia e também que gere
uma contribuição para que tudo ocorra de maneira coesa. Segundo ele, “a Polícia
Militar conseguiu desarticular cinco fábricas clandestinas de proporções
variadas, ao todo foi apreendida 1 tonelada de pólvora, além de espadas
prontas. A maioria sendo da zona rural de Muritiba”, que seria uma estratégia
dos espadeiros para fugir da fiscalização. Senhor do Bonfim também foi um
município em que a polícia atuou fortemente na produção e na repreensão da
queima de espadas.
No dia 24 de junho 11 pessoas foram presas queimando espadas,
10 já pagaram fiança até o dia de ontem, e o que causou repercussão foram os
valores das fianças, “existia uma informação em relação a essa prática, e
considerando que é um produto caro, não é de primeira necessidade. Então se a
pessoa está investindo o dinheiro dela para fazer essa compra, a gente tem que
considerar essa situação na hora de pensar a fiança”,analisou o promotor. Conforme
afirmou, a pena está prevista entre 1 e 100 salários mínimos, mas esse ano o
valor foi fixado em 10 salários, esse seria um instrumentos que são utilizados
para garantir a lei.
Perguntado pelo nosso repórter Tatu a respeito de uma
possível liberação, o promotor acredita que enquanto trouxer perigo para a
população será difícil liberar, “é uma situação que a gente vê a gravidade e
não podemos ficar de brações cruzados”, afirma citando um caso em que uma
pessoa perdeu a visão na Alvorada.
Se algum dia a queima de espadas deixar de ser considerada um
crime, conforme explica, seria com “um produto regular que oferecesse segurança
para quem tá utilizando não teria como a gente definir o espaço se não temos
ideia do artefato eu eles vão produzir”, os produtores precisariam produzir um
artefato que traga “uma garantia mínima de segurança”, afirma.
Como poder público ele compreende que por em risco a vida
pública e o direito de ir e vir deve ser repreendido, chamando atenção “para
que as pessoas entendam que não é um trabalho de prejudicar uma tradição, mas
de garantir a segurança da população”.
Por: Ana Paula Pitanga
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