A embaixada brasileira em Londres foi alvo de ativistas do clima pertencentes ao grupo Extinction Rebellion na manhã desta terça-feira. O ato aconteceu em protesto contra os danos à floresta amazônica e o que eles descreveram como “violência contra os povos indígenas que vivem lá”.
Os manifestantes jogaram tinta vermelha no prédio, marcaram as mãos e escreveram frases como “No more indigenous blood” (Chega de sangue indígena, em tradução livre) e “ele não”, slogan usado contra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), durante a eleição de 2018. Duas pessoas subiram em um toldo acima da entrada da embaixada, enquanto outros dois subiram nas janelas. A polícia foi chamada ao local e deteve o grupo.
O grupo afirmou que o intuito do ato era desafiar o governo brasileiro sobre “abusos de direitos humanos sancionados pelo Estado”. Ainda de acordo com o Extinction Rebellion, o ato foi programado para coincidir com uma marcha de mulheres indígenas em Brasília. Eles também prometem ações semelhantes em embaixadas brasileiras em Chile, Portugal, França, Suíça e Espanha.
Em nota, a embaixada afirmou que o “direito de protestar é assegurado em democracias como o Brasil e o Reino Unido”, mas que o “direito de vandalizar, esse não existe em país algum”. O comunicado segue dizendo que a embaixada ficará em contato com as autoridades locais para “acompanhar as investigações cabíveis”.
Alemanha
Neste sábado, a ministra alemã do Meio Ambiente anunciou em uma entrevista que o governo congelaria o envio de cerca de R$ 155 milhões para projetos de conservação da Amazônia. A decisão, de acordo com ela, se deu por conta do crescente desmatamento na região. Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil não precisa do dinheiro estrangeiro para proteger a floresta. A ministra alemã, Svenja Schulze, rebateu, em uma entrevista, e disse que “isso mostra que estamos fazendo a coisa certa”.
Fonte: Diário do Poder
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